quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fora de padrões.

Eu ouço rock das antigas, mas também gosto de pop by Taylor Swift. Derreto-me por um vidrinho de esmaltes e cancelo tudo que tenho pra fazer apenas para arrumar o cabelo antes de sair. Não boto o pé na rua sem brinco, lápis de olho, corretivo e batom. Tem dias que eu estou no modo “calça jeans e All Star”, mas há outros eu sou a típica garota “vestido e salto alto”. Sou louca por Melissa e adoro roxo. Adoro uma atriz que não é o maior exemplo feminilidade de Hollywood, mas eu gosto dela e não importa o que estão dizendo por aí. Tudo que aprendi sobre ser bitch, eu aprendi com ela. Sou romântica, mas simplesmente adoro ser bitch. Gosto de ler, ver filmes e escutar música. Faço parte dos 2% dos adolescentes que não gostam de televisão. Prefiro ficar em casa, mas quando eu saio realmente me divirto. Ou sou oito ou oitenta. Nunca me contento com pouco. Sou sentimentalista ao extremo e sempre crio expectativas monstruosas diante de pequenas coisas, e diante delas quase sempre me decepciono. Apego-me muito facilmente as pessoas e talvez isso seja ruim nos dias atuais, eu não ligo. Amo algumas pessoas que passaram/estão na minha vida e elas têm plena consciência que eu me atiraria de um prédio por cada uma delas. Sou duas pessoas em uma só, sou o misto da menininha boba e da femme fatale. Sei entrar em qualquer jogo, mesmo se você não me chamar. Não sou exatamente o melhor exemplo a ser seguido, sou inconstante demais. Não estou pronta para entrar na faculdade e nem deixar a casa dos meus pais. Mesmo assim quero fazer intercâmbio, sair do país e ser livre. Quero ver a neve e abrir a boca para “comer” neve. Sou feita de sonhos e pesadelos, ilusões e desilusões, mas nunca perdi a esperança no amor.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Amar e Amor.

Tolos são aqueles que acham que o amor morreu com o início do novo milênio, tolos aqueles que pensam que grandes amores não existem mais. Amor é um sentimento forte que necessita de tempo e paciência para ser digerido e finalmente aceitado. Amar não é para fracos, amar exige nervos de aço e coração... Um bom coração. O próprio verbo, amar, já é suficientemente complexo por si só, mas não é só ele que compõe o amor. Amor não é verbo. Amor é substantivo tão complexo – ou mais – do que o amar. Amor, incertezas, amargura, ódio e raiva. São sentimentos que andam de mãos dadas a você que caminha seguindo o amar.

Aloprações momentâneas 2.

Eu era uma menina e ele já era um homem. Enquanto eu brincava de casinha, ele tinha negócios a fazer. Mas nós tínhamos um ao outro no final do dia. Era a recompensa que ele me dava por me deixar esperando o dia inteiro. E era por isso que eu o amava. Porque ele nunca me deixaria. Ele sempre estaria ali, me esperando. E ele sabia que eu não o abandonaria, também. Eu era louca, mas era dele.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aloprações momentâneas.

Por todos os dias que te amei, por todas as taças de vinho e por todas as doses de whisky que ingeri por sua causa, eu te declaro minha. Para todo o sempre, ou enquanto perdurarmos nesse mundo sujo como o inferno. És minha e somente minha. E, se em algum momento outra boca que não seja a minha te tocar, meu amor por ti não se findará, pois eu, que te amo descaradamente e doentiamente, secarei as lágrimas e te beijarei. Esquecerás de todas as outras bocas e mãos que te tiveram e te tocaram, serás apenas minha até o fim.


Para Jéssica Cristina, a minha Cristina.

domingo, 30 de agosto de 2009

Vermelho-sangue.

Em outra época meus olhos percorreriam o caminho, eu sorriria para meu acompanhante e meus ouvidos capturariam os sons que saíam das janelas abertas naquele entardecer de outono.
As folhas jazidas no chão eram levadas pelo vento fresco que acariciava minha pele exposta e branca como mármore – tudo fruto de meses sem sair na luz do sol. Para contrastar com a brancura havia as sombras roxas e escurecidas em baixo dos meus olhos e as minhas lágrimas quentes que lavavam meu rosto. Ao mesmo tempo, as lágrimas também feriam. A dor era suportável, lembrar era o que mais machucava.
Em algum lugar do horizonte o dia era engolido pela noite e a lua tomava seu lugar no ponto mais alto do céu.
Podiam ter se passado minutos ou horas, dias ou anos, mas a dor da perda ainda queimava – em vermelho-sangue e cruel – bem no meio do meu peito. O tempo não abrandara as feridas, mas as convertera de realidade para algo mais semelhante a uma lembrança que incomodava.
Aos poucos, recobrei a noção do tempo. Dias e horas fizeram sentido, como uma tapa na cara. Ele partira, prometendo voltar em seis meses que se tornaram um ano e agora já eram dez. Todos os anos eu lembrara, afogada em lágrimas e com um lençol envolto ao meu corpo. Pela primeira, em dez anos, eu saíra da cama naquele dia de setembro.
Quando cheguei ao cais do porto já me sentia forte para voltar pelo caminho que fizera milhares de vezes, com ele. Sentei-me num banco e olhei o mar negro, iluminado apenas pela lua. Enquanto meus pensamentos voavam pelo tempo eu escutei. A voz dele chamando pelo meu nome. Impossível, só podia estar louca. Chamou-me outra vez. Quando me virei, eu o vi. Com um sorriso nos lábios e os mesmos cabelos cor de ébano.
- Você demorou.
- Desculpe-me meu amor. Agora estou aqui e nunca mais partirei. É uma promessa.
Naquela noite, voltei acompanhada para casa. Não pela dor que pulsava em vermelho-sangue, mas por ele e por seu amor que ironicamente, também era vermelho-sangue.

sábado, 1 de agosto de 2009

Ausência.

Cheguei. Olhei em volta e não vi você. Tudo está lá nos esperando. A saudade dói numa proporção sem tamanho. O que fazer? O que dizer? Que direção seguir? Tudo é muito vazio e sem sentido quando você não está aqui, para me abraçar, para me acalentar, para me beijar. Como será a minha vida sem a sua presença, sem o seu amor, sem sua amizade, sem sua alegria?
Chego a ouvir as suas gargalhadas impregnadas em cada canto dessa casa como uma caixa de música que se abre sozinha. Quando acordo, me deparo com a sua ausência e mesmo assim sinto o seu beijo de bom dia.
Quando entro na cozinha eu vejo você fazendo panquecas e quando eu tento afogar minhas lágrimas em uma cerveja eu me lembro de você. Não posso fumar; o cheiro de menta e morango dos nossos Malboros me lembra você. Os lençóis ainda têm o seu cheiro; cerveja, cigarro e menta. Não sei se quero dormir com seu cheiro. Não me interprete mal, eu ainda amo o seu cheiro, mas ele me traz lembranças, que por hora, me doem, que por hora conseguem quebrar ainda mais meu coração já quebrado.
Em tudo você está! Você conseguiu deixar sua marca única em cada metro quadrado dessa casa e no meu coração quebrado. Nem mesmo no meu coração eu encontro paz!
Fomos dois que se transformaram em uma só carne... E agora? Como viver sem você? A minha vida sem a sua eu não consigo imaginar... A sensação que tenho é que a qualquer momento você chegará e retornaremos nossa vida de onde paramos.
Eu preciso agradecer, eu sei que sou egoísta, mas hoje eu preciso abrir mão disso. Eu tenho que agradecer por sua tão breve e intensa passagem na minha vida. Intensa o suficiente para que a sua partida deixasse minha vida despedaçada em cinco mil facetas. Os dias passam, e a cada batida do relógio eu sinto que será ainda mais difícil juntar todos os pedacinhos que estão aí, espalhados e desarrumados. Minha vida não é a mesma sem você.
Obrigada por tudo o que vivemos, pelos incalculáveis e grandes momentos de alegria, mas também pelos momentos difíceis que passamos. Obrigada pelo seu amor, sua amizade, sua cumplicidade.
Um beijo no seu coração de quem te ama sempre...
Sempre sua,

K.

sábado, 6 de junho de 2009

Fim, inexorável e desconhecido.

A cada dia que se passa chegamos mais próximo do fim. A cada dia que se passa mais grãos de areia brigam para passar no fino corredor que divide o passado do futuro. O corredor é o presente, onde não nos demoramos. Ou vivemos do passado ou do futuro. Temos o livre arbítrio de escolher em que tempo queremos viver. Ao escolhermos o futuro estamos escolhendo viver na extremidade da vida, correndo riscos e vivendo em constante mudança. O passado é a outra extremidade. A extremidade da segurança, da vida sem aventuras. Entretanto, chegando ao fim não temos escolha. O fim é único, inexorável e desconhecido. Depois do fim há apenas o futuro, um caminho sem muitas escolhas, quase que predestinado. Contudo, o que muitos não sabem – ou não param para pensar – é que o futuro é o resultado de tudo o que fizemos no passado – erros e acertos.

 
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